Presidente ucraniano convida Joe Biden a visitar Kiev ‘nos próximos dias’

Presidente ucraniano convida Joe Biden a visitar Kiev 'nos próximos dias'

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, convidou neste domingo (13) seu colega americano, Joe Biden, a visitar Kiev “nos próximos dias”, para que manifeste o apoio de Washington frente ao risco de uma invasão russa.

“Estou convencido de que sua visita a Kiev nos próximos dias (…) seria um sinal poderoso e ajudaria a estabilizar a situação”, disse Zelensky a Biden em um telefonema neste domingo, segundo a Presidência ucraniana.

Washington não mencionou nenhum convite após comentar o telefonema de 50 minutos entre Biden e Zelensky.

“Biden reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, informou a Casa Branca.

“Os dois líderes coincidiram na importância de continuar com a diplomacia e a dissuasão em resposta à concentração de forças militares russas nas fronteiras da Ucrânia”, prosseguiu.

Com o temor crescente do Ocidente de uma iminente invasão russa da vizinha Ucrânia, a Casa Branca acrescentou que Biden “deixou claro que os Estados Unidos responderão rápida e decisivamente, juntamente com seus aliados e parceiros, a qualquer agressão da Rússia à Ucrânia”.

Mais de 100.000 militares russos estão concentrados na fronteira ucraniana.

O gabinete de Zelensky informou que os dois presidentes conversaram sobre possíveis sanções econômicas à Rússia se Moscou decidir invadir o país vizinho.

“Ainda não somos membros da Otan. Por esta razão, só um exército ucraniano forte pode garantir a segurança do nosso Estado”, acrescentou Zelensky após agradecer a Biden pelo envio constante de apoio militar americano.

Neste domingo, altos funcionários americanos traçaram um panorama sombrio sobre a crise.

O assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, disse que a invasão russa da Ucrânia pode ocorrer “ainda esta semana” e provavelmente vai começar “com fortes ataques com mísseis e bombardeios”.

No sábado, Biden conversou por telefone durante uma hora com o presidente russo, Vladimir Putin, aparentemente sem conseguir reduzir as tensões.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que “certamente não foi um sinal de que as coisas se movem na direção correta”.