O presidente palestino, Mahmoud Abbas, parabenizou nesta segunda-feira (20) o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e manifestou disposição para cooperar com ele na busca de uma “solução de dois Estados”.
“Estamos prontos para trabalhar com vocês para alcançar a paz durante seu mandato, com uma solução de dois Estados reconhecida internacionalmente (…) vivendo lado a lado em segurança e paz”, declarou Abbas, segundo informações divulgadas pela agência oficial de notícias palestina, Wafa.
Abás afirmou na sexta-feira que a Autoridade Palestina está preparada para “assumir plenamente suas responsabilidades” na Faixa de Gaza, em sua primeira reação oficial após o anúncio de um acordo de trégua entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.
O Hamas, que venceu as últimas eleições legislativas palestinas em 2006 e assumiu o controle de Gaza em 2007, declarou, no início da guerra no final de 2023, que não tinha interesse em continuar governando a Faixa de Gaza após o conflito.
Fontes do Hamas informaram à AFP que o movimento estaria disposto a transferir a gestão dos assuntos civis de Gaza para uma entidade palestina.
O governo de Benjamin Netanyahu, considerado um dos mais à direita da história de Israel, estabeleceu como objetivo de guerra a destruição do Hamas em Gaza. No entanto, reiterou diversas vezes a firme oposição ao retorno da Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia ocupada, à Faixa de Gaza.
O rei Abdullah II da Jordânia também desejou “sucesso” ao presidente Trump.
“Valorizamos imensamente nossa parceria com os Estados Unidos e estamos comprometidos em trabalhar com você por um mundo mais próspero e pacífico”, escreveu o rei jordaniano em sua conta na rede X, em inglês.
O cessar-fogo entrou em vigor no domingo. Três reféns israelenses puderam retornar para casa, enquanto 90 palestinos foram libertados por Israel, conforme estipulado na troca de prisioneiros prevista para esta primeira fase do cessar-fogo, que deve durar 42 dias.
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