Eliminado de maneira vexatória na primeira fase da Copa Sul-Americana com derrota por 1 a 0 para os reservas do Huracán e ainda com o peso do fracasso na fase prévia da Libertadores, o elenco do Corinthians voltou para São Paulo sob enorme pressão da torcida. Nesta sexta-feira, o presidente interino, Osmar Stabile, se reuniu com o elenco para transmitir “tranquilidade.”
Substituto de Augusto Melo, que sofreu processo de impeachment no começo da semana, Stabile teve o primeiro encontro com o grupo e com a comissão técnica e evitou “caça às bruxas” na reunião ocorrida no CT Joaquim Grava. Estava acompanhado de Armando Mendonça, vice-presidente e do executivo de futebol Fabinho Soldado.
Na visão do mandatário interino – uma nova eleição deve ser agendada para os próximos meses – o grupo tem de esquecer o passado e focar na disputa do Brasileirão e da Copa do Brasil, na qual está nas oitavas de final.
A ordem foi “blindar” o elenco após fortes críticas da torcida ainda na Argentina. Os jogadores se dirigiam às arquibancadas para agradecer o apoio quando começaram a ser ofendidos e recuaram. Sob gritos de “não é mole, não, tem de ser homem pra jogar no Coringão” e muitas xingamentos, muitos se assustaram.
Carrillo ainda ficou observando a bronca, enquanto Garro retirou os companheiros do local.
Domingo o Corinthians recebe o Vitória sob obrigação de apagar a má impressão deixada nas competições sul-americanas. A esperança está justamente no retorno do meia argentino, que melhorou o time nos poucos minutos em campo contra o Huracán.
Dorival Júnior vem sendo muito criticado pela escalação defensiva, com quatro homens de marcação e somente dois atacantes. Chegou a jogar com apenas Yuri Alberto na frente no clássico com o Santos, com Igor Coronado sendo a segunda peça ofensiva. O treinador também pode alterar o sistema de jogo, mesmo sem seu artilheiro, para buscar uma paz momentânea.