A ONU anunciou nesta segunda-feira a entrada em vigor de um cessar-fogo de 72 horas no Iêmen, a partir da noite de quarta-feira.

Esta trégua começará na quarta-feira, dia 19 de outubro, às 23H59 local (17H59 Brasília) “por um período inicial de 72 horas, sujeito a renovação”, disse o mediador da ONU para o Iêmen, Ismaïl Ould Cheikh Ahmed, acrescentando que obteve o compromisso de “todas as partes” envolvidas na guerra civil no país.

Mais cedo, o presidente iemenita, Abd Rabo Mansur Hadi, aceitou o cessar-fogo de 72 horas, que poderá ser prorrogado.

“O presidente aceitou um cessar-fogo de 72 horas, que pode ser prorrogado se a outra parte cumprir”, indicou o chanceler Abdelmalek al-Mekhlafi em sua conta no Twitter.

As condições estabelecem a instalação de um comitê de observação da trégua e põem fim ao cerco da cidade de Taez.

No domingo (17), Estados Unidos, Reino Unido e ONU pediram ao governo iemenita e aos rebeldes xiitas que firmassem um cessar-fogo no Iêmen.

“Chegou a hora de estabelecer um cessar-fogo sem condições e depois ir para a mesa de negociações”, disse o secretário de Estado americano, John Kerry, depois de uma reunião em Londres dedicada ao conflito.

A guerra nesse país deixou 6.885 mortos desde março de 2015, quase a metade civis, segundo a ONU.

Desde 2014, os rebeldes huthis controlam a capital, Sanaa, e outras regiões do país, obrigando o governo a se exilar.

Em 2015, uma coalizão árabe dirigida pela Arábia Saudita lançou uma operação militar para apoiar as forças leais ao governo.