17/06/2020 - 17:09
O presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, foi internado no Hospital Militar da capital por pneumonia no dia seguinte a anunciar estar infectado com a COVID-19, informou o governo nesta quarta-feira (17).
Os médicos que avaliaram o presidente “indicam que ele permaneça internado” por “descobertas laboratoriais de pneumonia”, disse o porta-voz do governo para a pandemia, Francis Contreras, a repórteres no Hospital Militar.
Contreras acrescentou que Hernández “tem alguns infiltrações nos pulmões, (mas) seu estado geral de saúde é bom”.
O presidente, de 51 anos, havia anunciado na noite de terça-feira que tinha sentido desconfortos no final de semana que teriam sido causados pelo novo coronavírus.
Ele acrescentou que continuaria suas funções por “teletrabalho”, ao mesmo tempo que iniciava o tratamento para “sintomas leves”.
Sua esposa, Ana García, também testou positivo para o novo coronavírus, embora não tenha apresentado sintomas.
Hernández reconheceu a situação de “colapso” nos hospitais que atendem pacientes com coronavírus.
Em comunicado, o governo ressaltou que o presidente “mantinha sempre as medidas preventivas recomendadas pelas autoridades de saúde, porém, devido à natureza de seu trabalho, não era possível permanecer em total isolamento, exposto ao risco de contágio”.
Honduras, com 9,5 milhões de habitantes, é um dos países da América Central mais afetados pela pandemia. Há um surto de casos principalmente em Tegucigalpa e no norte de San Pedro Sula, a segunda maior cidade do país.
Segundo informações oficiais, anunciadas na última terça à noite, o país registra 9.178 casos, 322 mortes e 1.025 recuperados pela COVID-19.
No entanto, alguns especialistas afirmam que há subnotificação por causa dos poucos testes realizados no país, que faz somente 1.000 por dia.