O presidente Emmanuel Macron visitou, nesta segunda-feira (9), o túmulo de Charles de Gaulle em Colombey-les-deux-Eglises (nordeste da França) onde o general viveu seus últimos meses, no 50º aniversário da morte dessa figura fundamental da resistência francesa na Segunda Guerra Mundial e da Quinta República.
O pequeno povoado de 700 habitantes onde De Gaulle escolheu para passar seus últimos meses de vida recebeu a visita do presidente francês e da primeira-dama Brigitte Macron.
O líder europeu não realizou um discurso formal, nem falou com a imprensa, mas antes de sua chegada a Colombey-les-deux-Eglises escreveu um tweet para homenagear seu antecessor, que morreu em 9 de novembro de 1970, um dia antes de seu aniversário de 80 anos.
Também recordou em um vídeo que De Gaulle, presidente de 1944 até 1946 e de 1958 até 1969, tinha “uma inquebrável confiança no destino da França” e considerava que sua nação “é forte quando se mantém unida”.
Por causa da pandemia de covid-19, a cerimônia foi assistida por apenas trinta pessoas, entre elas alguns membros da família De Gaulle.
“Claro que é uma pena, mas o que nos consola é que nos momentos difíceis que atravessamos, todo o mundo, seja qual for sua preferência política, encontra uma razão para homenagear o general De Gaulle”, disse seu neto, Yves de Gaulle.
Este deslocamento é o início do chamado “ano De Gaulle”, que celebra os 130 anos de seu nascimento, o 80º aniversário do Apelo de 18 de junho de 1940 que deu início a resistência francesa contra os invasores nazistas e os 50 anos de sua morte.
Símbolo da resistência a ocupação nazista, impulsor da Quinta República, dos processos de descolonização da Argélia e da África subsaariana, assim como a força de dissuasão nuclear francesa, Charles de Gaulle tem se tornado em uma figura protetora reivindicada tanto pela extrema-direta como pela extrema-esquerda.