O presidente do Santos, José Carlos Peres, saiu em defesa do técnico Jorge Sampaoli após a goleada sofrida por 4 a 0 para o Palmeiras, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, sábado, no estádio do Pacaembu.

Na visão de Peres, o jogo ofensivo proposto pelo treinador argentino, e que agrada ao presidente santista, em alguns momentos, expõe o setor defensivo e deixa o time vulnerável a sofrer gols, como aconteceu contra o Palmeiras.

“Ele tem o total apoio e respaldo, vamos até o fim com ele. Contratamos um técnico ousado, que veio propor um jogo aberto. Quando você propõe um jogo aberto, acaba sofrendo alguns gols. O Santos de 1962 era assim. Era uma máquina de jogar futebol e ganhava por 5 a 4. Hoje o time tomou um gol muito cedo e aí dificultou um pouco, até pela própria forma de jogar”, lamentou Peres.

O presidente disse que uma derrota por 4 a 0 em clássicos não é um resultado normal, mas ponderou dizendo que o gol sofrido no começo do primeiro tempo prejudicou o planejamento traçado pelo time para o confronto.

“Derrota é ruim. Seja por 1 a 0 ou 5 a 0. É uma derrota. Ninguém gosta de perder. O formato ofensivo do Santos é isso aí, de propor o jogo. E quando você encontra um equipe que joga atrás e sai no contra ataque você pode ser surpreendido. Uma derrota por 4 a 0 em clássico não é normal, mas estamos preparados para apoiar o time, apoiar o técnico”, completou.

Apesar do apoio público ao treinador após a goleada, Peres afirmou que não poderá acatar o pedido de Sampaoli de jogar apenas na Vila Belmiro. O dirigente disse que há um fator importante em questão: a renda, superior quando o Santos atua no Pacaembu.

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“Jogar em São Paulo é salutar para o Santos. Jogar só na Vila está fora de cogitação. Outros times do Santos foram campeões jogando em São Paulo. Vamos fazer metade dos jogos no Pacaembu. Se na Vila houvesse 15 mil pessoas todo jogo, não seria preciso (jogar aqui)”, disse Peres, que explicou a dificuldade do clube em ter um patrocinador master no uniforme.

“Os valores caíram muito, as empresas estão com limitação de orçamento. As ofertas são inferiores ao que o Santos merece. Então estamos conversando para equacionar. Outros clubes aceitaram valores pífios”, acrescentou.

Por fim, o presidente santista disse que irá conversar com a CBF para não liberar o atacante Rodrygo para a seleção brasileira olímpica, que disputará um torneio na França entre os dias 1º e 15 de junho. Caso Rodrygo seja cedido, desfalcará o Santos em quatro compromissos.


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