23/07/2024 - 18:58
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, disse ao site IstoÉ que há “pessoas no partido que desejariam outras opções”, mas a direção tucana apoia a pré-candidatura de José Luiz Datena à prefeitura de São Paulo.
A declaração do dirigente ocorre após o apresentador afirmar, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que a legenda estava “de sacanagem” e ele poderia desistir de concorrer ao cargo por isso. Nesta terça-feira (23), Datena reafirmou que será candidato ao jornal O Estado de S. Paulo.
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Relação atribulada
O site IstoÉ apurou que integrantes do partido trabalham pela pacificação da relação entre o apresentador e o tucanato, para que a candidatura deslanche. O PSDB marcou a convenção que deve oficializar Datena para sábado (27), mas o próprio pré-candidato lançou dúvidas sobre o evento: “Se eu sentir que os caras vão me encher o saco na convenção, não vou”.
Perillo refutou essa chance e afirmou que a candidatura será homologada: “Da nossa parte está garantido. Só não ocorre se ele [Datena] não quiser”. O presidente tucano e ex-governador de Goiás disse que tem falado diariamente com o apresentador para assegurá-lo dos apoios da legenda e da federação PSDB-Cidadania.
“Já disse a ele que nesse partido as direções não trabalham com golpismo ou sacanagem. Temos história e o PSDB sempre foi reconhecido por cumprir seus compromissos. Nós estamos tranquilos e passando essa tranquilidade a ele”, disse Perillo.
Disputa pela vice
Com a pacificação das questões internas em torno de Datena, ainda resta ao PSDB definir quem irá compor a chapa com o apresentador.
Um dos nomes cotados para o posto, o ex-vereador Mario Covas Neto disse ao site IstoÉ que ainda trabalha para que os tucanos construam uma aliança com o PSB (que tem a deputada Tabata Amaral como pré-candidata) em torno da candidatura do apresentador.
Tio do ex-prefeito Bruno Covas (morto em 2021), o ex-parlamentar disse não ter conversado com Datena sobre o assunto, mas não refutou a chance de integrar a chapa, caso as negociações com os socialistas não se concretizem.
“É preciso haver uma conjunção de fatores para a escolha, que passa pelo candidato [Datena] e pelo próprio partido. Se o melhor resultado for a minha ida para a vice, tudo bem. Se for o José Aníbal [presidente municipal do PSDB], tudo bem. Não quero criar nenhum tipo de atrito”, afirmou.