O russo Ivan Savvidis, presidente do PAOK, recebeu nesta quinta-feira uma suspensão de três anos por sua participação nos graves incidentes de violência que ocorreram durante jogo da equipe contra o AEK Atenas, no último 11 de março, pelo Campeonato Grego.

O dirigente, que também é proprietário do PAOK, invadiu o gramado da partida com uma arma na cintura para tirar satisfação com o árbitro do duelo. Além da suspensão de longo período, ele recebeu uma multa de 100 mil euros (cerca de R$ 400 mil).

Para completar, três pontos foram subtraídos do PAOK no Campeonato Grego por causa da responsabilidade do clube pelos atos de violência que recentemente interromperam confrontos da equipe com Olympiacos e AEK. Os mesmo também motivaram a suspensão da competição por duas semanas, antes de a mesma ter sido remarcada para começar no próximo final de semana.

Esta última punição anunciada nesta quinta-feira fez o AEK passar a ostentar uma vantagem de sete pontos na liderança do Campeonato Grego, no qual agora o segundo colocado é o Olympiacos, beneficiado pela sanção ao PAOK, que caiu para a terceira posição ao descer dos 52 pontos que tinha para 49. Essa decisão, porém, é passível de apelação e ainda pode ser revertida nos tribunais.

Antes destas punições confirmadas nesta quinta, o Campeonato Grego havia sido paralisado no dia 12 de março, a pedido do ministro do Esporte do país, Yiorgos Vassiliadis, que na ocasião informou que os times só voltariam a campo depois que adotassem medidas para melhorar a segurança do torneio.

Os 16 clubes que disputam a competição concordaram com os termos propostos por Vassiliadis. Entre as medidas estão o rebaixamento automático para qualquer equipe que se envolva em casos de violência em três ocasiões na mesma temporada.

A sanção vale também para times cujos dirigentes realizem declarações públicas que incitem a violência. Os clubes a partir de agora também serão responsáveis pela segurança das partidas que forem mandantes e não mais a polícia.

O presidente do PAOK, que também é um influente empresário na Grécia, chegou a emitir um comunicado para se desculpar pela atitude polêmica que cometeu. O dirigente se descontrolou depois que o árbitro anulou um gol de sua equipe aos 45 minutos do segundo tempo no jogo contra o AEK e uma vitória seria fundamental para as pretensões de título do PAOK no torneio nacional.

O dirigente invadiu o gramado por duas vezes. Na segunda vez, ele tirou o casaco e deixou visível a arma que carregava na cintura. Por conta da falta de segurança, o árbitro encerrou a partida.