Presidente do México diz ser ‘falso’ que tenha incentivado protestos em LA

Yuri Cortez / AFP
Claudia Sheinbaum Foto: Yuri Cortez / AFP

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou, nesta terça-feira (10), que é “falso” que tenha incentivado os protestos em Los Angeles contra a política migratória dos Estados Unidos, como alegou a secretária de Segurança Nacional americana, Kristi Noem.

Los Angeles, segunda maior cidade dos Estados Unidos com uma vasta comunidade mexicana, está sendo palco de intensos confrontos entre forças de segurança e manifestantes devido às medidas contra imigrantes do presidente Donald Trump, incluindo operações policiais e deportações.

Noem “mencionou equivocadamente que incentivei protestos violentos em Los Angeles. Informo que isso é absolutamente falso”, disse a presidente na rede social X, junto a um vídeo de sua coletiva de imprensa de segunda-feira, no qual condena a violência durante os protestos que começaram na última sexta-feira.

Na manhã desta terça, durante uma coletiva de imprensa ao lado de Trump na Casa Branca, a secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos afirmou que a presidente mexicana “incentivou mais protestos em Los Angeles”.

“Eu a condeno por isso. Ela não deveria estar incentivando protestos violentos como os que estamos vendo”, afirmou Noem no Salão Oval.

Na segunda-feira, Sheinbaum condenou a violência registrada durante as manifestações e que levaram Trump a mobilizar milhares de fuzileiros navais e efetivos da Guarda Nacional.

Em meio aos protestos, imagens de pessoas com bandeiras mexicanas, acompanhadas de comentários que sugerem a presença de infiltrados, viralizaram nas redes sociais.

“A queima de viaturas parece mais um ato de provocação do que de resistência. Deve ficar claro: condenamos a violência venha de onde vier”, afirmou a presidente mexicana na segunda-feira.

“Pedimos à comunidade mexicana que aja de maneira pacífica e não caia em provocações”, acrescentou.

Sheinbaum critica os planos de Trump de taxar as remessas enviadas por milhões de mexicanos ao seu país de origem.

“Se for necessário, vamos nos mobilizar”, declarou há duas semanas, em meio às iniciativas de congressistas mexicanos nos Estados Unidos para barrar o imposto.