Presidente do Líbano inicia consultas para escolher novo premiê

BEIRUTE, 13 JAN (ANSA) – O novo presidente do Líbano, Joseph Aoun, inicia nesta segunda-feira (13) as consultas parlamentares com o objetivo de nomear um primeiro-ministro para formar um governo que terá que enfrentar os grandes desafios do país em crise.   

Entre os considerados para o cargo, que é reservado a um muçulmano sunita, estão o atual primeiro-ministro Najib Mikati, o parlamentar anti-Hezbollah Fouad Makhzoumi e o presidente do Tribunal Internacional de Justiça em Haia, o juiz Nawaf Salam.   

Aoun iniciará as consultas com uma reunião com o poderoso presidente do Parlamento e aliado do Hezbollah, Nabih Berri. O grupo xiita e o movimento Amal, de Berri, apoiam Mikati, informou uma fonte próxima ao Hezbollah à AFP.   

Sua nomeação “faz parte do acordo alcançado com o enviado saudita que levou o Hezbollah e o Amal a votarem para levar Aoun à presidência”, em 9 de janeiro, acrescentou a fonte.   

Mikati, que mantém boas relações com partidos políticos libaneses e vários países estrangeiros, negou a existência de tal acordo.   

Seja quem for o próximo primeiro-ministro, ele enfrentará grandes desafios, incluindo a implementação de reformas econômicas e a reconstrução de grandes partes do país após a guerra entre Israel e o Hezbollah, bem como a implementação do acordo de cessar-fogo de 27 de novembro, que prevê, em particular, a retirada do grupo xiita da área de fronteira com o território israelense.   

Parlamentares da oposição de um grupo que inclui o partido cristão das Forças Libanesas anunciaram no sábado (11) que apoiariam Makhzoumi, um rico empresário que tem boas relações com os países do Golfo e Washington.   

Outros parlamentares propuseram o nome de Salam, um ex-embaixador muito respeitado, cujo nome é frequentemente mencionado durante essas consultas.   

Já o domingo terminou com tentativas desesperadas de unir a oposição e os independentes em apoio a Salam e bloquear a nomeação de Mikati. As forças políticas que se opõem ao Hezbollah acreditam que o atual primeiro-ministro faz parte de um sistema político obsoleto, influenciado pelo grupo xiita.   

(ANSA).