O presidente egípcio, Abdel Fatah al Sissi, prestou juramento nesta terça-feira (2) no Parlamento para o terceiro mandato como chefe de Estado do país mais populoso do mundo árabe, em um cenário de tensões regionais e dificuldades econômicas.

Sissi está há uma década no poder e pode permanecer no cargo até 2030.

O ex-marechal de 69 anos ganhou as presidenciais de dezembro com 89,6% dos votos, frente a outros três candidatos e com os opositores fora do páreo ou presos.

Sissi, que foi chefe do Exército e ministro da Defesa, orquestrou em 2013, um ano antes de sua chegada à presidência, a destituição do islamista Mohamed Mursi após grandes manifestações.

Seu novo mandato, que começará na quarta-feira por um período de seis anos, deve ser o último, segundo a Constituição.

Imagens da cerimônia de posse divulgadas pela televisão estatal mostram que Sissi fez seu juramento em frente aos deputados reunidos na sede do Parlamento.

“Reitero meu compromisso de completar o processo de construção da nação”, disse em seu discurso, e prometeu tornar realidade as aspirações da nação egípcia, com o objetivo de construir um estado moderno e democrático”.

Sissi, aliado dos ocidentais no Oriente Médio, tem sido acusado pelas ONGs de ordenar a prisão de milhares de opositores políticos, sejam islamistas ou liberais.

O Egito, um país de 106 milhões de habitantes, um terço dos quais vive abaixo da linha da pobreza desde muito antes da crise, atravessa sérias dificuldades econômicas, com uma inflação de 40% em 2023, escassez de divisas que dificulta o comércio e o colapso da libra egípcia que perdeu dois terços do seu valor.

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