O presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, afirmou nesta quarta-feira que vai repensar a relação de sua gestão com as torcidas organizadas. Esse pensamento é resultado de dois episódios de violência: os protestos de terça-feira que fizeram a delegação corintiana retornar à capital e os rojões e outro objetos atirados pelos santistas no clássico desta quarta, na Vila Belmiro.

“Precisamos repensar tudo isso”, refletiu o Duílio em entrevista coletiva depois de o Corinthians derrota o Santos por 2 a 0 na Vila. “O Corinthians também vai repensar a sua relação com as torcidas organizadas, vamos conversar internamente para ver qual caminho seguir.”

O mandatário alvinegro teme que o Corinthians seja prejudicado com isso com episódios de violência protagonizado pelos torcedores.

“Sabemos do momento e da responsabilidade, mas partir para a violência há uma distância muito grande”, disse. “Sempre fui a favor da conversa para que a gente tivesse paz. Se não está adiantando conversar, não faz sentido, mas não é uma decisão tomada, vamos conversar para ver como vai seguir.”

Duílio espera providências duras e rápidas contra o Santos, que deve ser punido em razão dos incidentes desta quarta-feira que fizeram os jogadores e o técnico Odair Hellmann deixar o gramado da Vila Belmiro escoltados pela Polícia Militar. As ações violentas da torcida santista motivaram o árbitro Leandro Pedro Vuaden a encerrar o jogo antes dos 90 minutos.

“A gente espera providências da CBF, STJD, para que a gente não veja uma tragédia. Muitas famílias. Vuaden (árbitro) foi bem em encerrar o jogo, não havia condições de ir até os acréscimos.”