O presidente do jornal Correio Braziliense, Álvaro Teixeira da Costa, rebateu nesta terça-feira, 26, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, em relação à obrigatoriedade de publicação de balanços, pelas empresas, em jornais impressos.

Durante evento organizado pelo próprio Correio nesta terça, em Brasília, Sachsida havia criticado o fato de uma empresa gastar R$ 1 milhão para publicar balanço em jornal. Presente ao evento, Costa se retirou do local durante as declarações de Sachsida. O debate continuou normalmente e, terminado seu painel, Sachsida deixou o jornal.

Após um intervalo para café, Costa retornou ao auditório e pediu a palavra. “A base em que foi dito que balanços públicos em jornal são um absurdo partiu da ideia de que custa R$ 1 milhão. O que não é verdadeiro”, disse Costa à plateia, já sem a presença de Sachsida. “Um balanço custa 10% do que o nosso secretário estimou.”

Costa defendeu ainda que a publicação de balanços na internet, como defende o atual governo, torna os dados vulneráveis a hackers. “Isso pode ser um desastre muito maior do que os R$ 100 mil que custa publicar o balanço em jornal impresso”, alertou.

A MP 892, que permite a publicação de balanços apenas na internet, entrou em vigor na data em que foi publicada, em 5 de agosto, mas ainda precisa passar por votação nos plenários da Câmara e do Senado. A medida tem validade até 3 de dezembro. No início deste mês, uma comissão formada por senadores e deputados rejeitou o conteúdo da MP.

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