O presidente israelense, Isaac Herzog, disse, nesta segunda-feira (27), a Elon Musk, criticado pelo conteúdo que circula na sua rede social X, que ele tem um “enorme papel” na luta contra o antissemitismo, durante um encontro com o bilionário.

“Estamos inundados de antissemitismo” e “o ódio aos judeus impacta no comportamento dos seres humanos em muitos lugares do mundo”, destacou Herzog, segundo as imagens divulgadas pela presidência israelense.

“Você tem um papel muito importante a desempenhar, porque as plataformas que dirige, infelizmente, abrigam muito ódio, ódio aos judeus, antissemitismo. Acredito que temos que discutir (…) de como combater esse ódio”, disse a Musk.

Mais cedo, o magnata, proprietário da rede social X, visitou ao lado do primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, um dos kibutz atacados pelo Hamas no sul de Israel, informaram funcionários.

Musk e Netanyahu mantiveram uma breve conversa na rede social X, antigo Twitter, após sua visita a Kfar Aza, um dos kibutz atacados pelo movimento islamista Hamas em 7 de outubro.

“Devemos desmilitarizar Gaza após a destruição do Hamas”, publicou Netanyahu, que pediu que se realize uma campanha para “desradicalizar” o território palestino.

Segundo as autoridades, 1.200 pessoas, em sua maioria civis, morreram no ataque sem precedentes do Hamas de 7 de outubro. Como represália, Israel iniciou uma ofensiva em Gaza que causou cerca de 15.000 mortos, segundo o governo do Hamas.

Na sexta-feira, entrou em vigor uma trégua temporária que será prolongada por mais dois dias, segundo o Hamas e o Catar, que mediou as negociações entre o movimento islamista palestino e Israel.

“Depois, também devemos reconstruir Gaza, e espero que nossos amigos árabes nos ajudem nesse contexto”, acrescentou Netanyahu, que disse esperar retomar as conversas de normalização das relações com a Arábia Saudita e “ampliar o círculo de paz para além do imaginável”.

O ministro das Comunicações, Shlom Karhi, também anunciou um princípio de acordo sobre o uso do satélite Starlink, propriedade de Musk, em Israel e na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense não abordou em nenhuma de suas declarações as acusações de antissemitismo que circulam na rede social X.

Musk é criticado por uma proliferação de discursos de ódio nessa rede desde que tomou o controle da companhia em outubro de 2022.

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