O presidente de Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, defendeu, neste domingo (26), as críticas que ele próprio fez à ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que provocaram irritação em Israel.

“Condenar os terríveis ataques terroristas de um grupo terrorista como o Hamas e, ao mesmo tempo, condenar o massacre indiscriminado de palestinos em Gaza, não é uma questão de partidos políticos nem de ideologia, é uma questão de humanidade”, declarou durante um ato do seu partido em Madri, a capital espanhola.

Na última sexta, em uma visita à passagem de Rafah, que conecta Gaza com o Egito, Sánchez declarou ao lado do primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, que o “massacre indiscriminado de civis” no território palestino era “completamente inaceitável”.

Após suas declarações, o ministro israelense das Relações Exteriores convocou os embaixadores dos dois países e os acusou de apoiar o “terrorismo”.

O ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel Albares, informou na sexta-feira que convocou a embaixadora israelense na Espanha em rejeição a essas acusações.

Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza em 7 de outubro, em resposta ao ataque do movimento islamista palestino Hamas contra seu território que deixou 1.200 mortos, em sua maioria civis. Além disso, os milicianos sequestraram cerca de 240 pessoas, segundo as autoridades israelenses.

Em paralelo aos bombardeios, Israel, que prometeu “aniquilar” o Hamas, realiza desde 27 de outubro operações terrestres no território, suspensas desde o início de uma trégua que começou na sexta-feira.

O Hamas, que governa o território desde 2007, afirma, por sua vez, que os bombardeios já deixaram quase 15.000 mortos na Faixa.

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