A reforma da Liga dos Campeões é um “escândalo” e poderá provocar uma rebelião dos pequenos e médios campeonatos, afirmou nesta quinta-feira Lars-Christer Olsson, presidente da EPFL, associação das ligas de 25 países europeus.

“Por que a Uefa capitula diante dos grandes clubes? É um escândalo”, denunciou o presidente da EPFL no site da liga sueca.

A Uefa decidiu em final de agosto que, para o período 2018-2021, Espanha, Inglaterra, Alemanha e Itália terão quatro vagas garantidas na fase de grupos da Liga dos Campeões.

“Tudo foi muito rápido. A Uefa se curvou diante de um pequeno número de clubes, sem levar em consideração os desejos e as necessidades de todos os outros clubes”, lamentou Olsson.

O sueco sugeriu também a ameaça de uma revolta das ligas contra a entidade que rege o futebol europeu.

“Temos um acordo com a Uefa. Poder ser denunciado se não conseguirmos uma revisão desse processo de reforma e, nesse caso, os formatos das competições seriam completamente redesenhados. Uma evolução da qual ninguém sairá ganhando”, previu.

Olsson, que sucedeu em março o francês Frederic Thiriez à frente da EPFL, criticou publicamente a Uefa dois dias depois da posso do novo presidente da entidade, o esloveno Aleksander Cerefin.

Na quarta-feira, Ceferin prometeu “verificar quais são as vantagens e as desvantagens desta decisão” antes de se pronunciar a respeito.

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