O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, desafiou a agência de inteligência americana, a CIA, a tentar derrubá-lo, e prometeu mais mortes em sua campanha contra o tráfico de drogas.

Em discursos exaltados para marcar seus cem dias no cargo, Duterte insistiu na teoria que seus oponentes, locais e estrangeiros querem expulsá-lo do poder para acabar com a violência.

Disse que não se deixará intimidar e que sua campanha contra as drogas, na qual uma média de 33 pessoas são assassinadas por dia, não vai ser interrompida.

“Querem me derrubar? Querem usar a CIA? Vão em frente”, declarou Duterte em um discurso em sua cidade natal de Davao (sul).

Duterte já acusou a CIA de conspirar para matá-lo.

Desde sua posse, no final de junho, Duterte multiplicou seus insultos contra os Estados Unidos.

“Não gosto dos americanos”, afirmou Duterte no domingo. “Eles me repreendem publicamente, por isso digo a eles: ‘vão se f*..”, afirmou, acenando com a possibilidade da diplomacia filipina se voltar para Pequim e Moscou.

Uma pesquisa publicada esta semana aponta que os filipinos aprovam de forma quase unânime os cem primeiros dias de governo Duterte.

Os grupos de defesa dos direitos humanos denunciam que os assassinatos extrajudiciais estão fora de controle e atinge tanto traficantes quanto drogados.

Duterte insiste que a polícia só mata em defesa própria e que os assassinatos são ajustes de contas entre bandidos.