O presidente da Síria, Bashar al-Assad, desembarcou nesta quinta-feira (21) Hangzhou, leste da China, para sua primeira visita ao país em quase 20 anos.

Assad deve comparecer no sábado à cerimônia de abertura dos Jogos Asiáticos e se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping.

A China está no grupo de aliados do presidente Assad e com frequência opta pela abstenção nas votações de resoluções contra Damasco no Conselho de Segurança da ONU.

A visita anterior de Assad à China aconteceu em 2004 e foi a primeira de um chefe de Estado sírio desde o restabelecimento de relações diplomáticas com Pequim em 1956.

O regime de Damasco iniciou em 2023 um processo de aproximação com vários países árabes após anos de isolamento devido à guerra civil, que começou em 2011.

A normalização das relações foi referendada em maio com o retorno da Síria à Liga Árabe e a participação de Assad em uma reunião de cúpula na Arábia Saudita.

A China tem um papel cada vez mais importante no Oriente Médio, como demonstrou sua mediação na aproximação diplomática no início do ano entre Irã e Arábia Saudita, rivais históricos.

Em um momento de aumento da rivalidade com os Estados Unidos, a China intensifica as relações com as capitais que Washington tenta isolar.

A capital chinesa recebeu este ano as visitas dos presidentes de Belarus, Alexander Lukashenko, do Irã, Ebrahim Raisi e da Venezuela, Nicolás Maduro.

Várias autoridades da Rússia visitaram o país nos últimos meses e o presidente Vladimir Putin deve viajar à China em outubro.

E uma delegação do governo talibã do Afeganistão está na China atualmente.

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