O presidente da Mancha Alviverde, Anderson Nigro, o Nando, concedeu depoimento durante três horas nesta terça-feira no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para esclarecer sobre a morte do fundador da principal torcida organizada do Palmeiras, Moacir Bianchi, no último dia 2. Na saída do prédio, Nando concedeu entrevista aos repórteres e negou envolvimento no crime.

“A gente tem que ver que foi perdida uma vida. Eu nunca tive envolvimento com crime organizado algum, nem o crime organizado teve envolvimento com a Mancha Verde”, afirmou em entrevista à TV Globo. A polícia tem duas linhas principais de investigação sobre o assassinato. Uma trata sobre brigas internas na Mancha Alviverde e a outra, de suspeita de ligação do assassinato com o crime organizado.

Nando prometeu se desvincular da torcida. A sede da Mancha Alviverde, na zona oeste da capital, mudou de cores nos últimos dias. A fachada perdeu o tom verde e foi pintada de cinza. O mascote da agremiação também foi retirado da frente do prédio. A torcida chegou a anunciar na quinta-feira, logo depois do assassinato de Bianchi, o encerramento das atividades, mas voltou atrás dois dias depois.

O advogado de Nando, Accioly Barbosa do Vale, confirmou, em entrevista que houve horas antes do crime, uma confusão entre integrantes da Mancha nos arredores da sede. “Houve uma bagunça genérica. Mas o Nando não chegou perto do Moacir. Teve um desentendimento entre três turmas descontentes da torcida, aí virou uma bagunça geral”, disse à TV Globo.

A Polícia já identificou os suspeitos do crime. Bianchi foi assassinado com 16 tiros em emboscada no bairro do Ipiranga, na Zona Sul, de São Paulo. Segundo a investigação, o suspeito autor dos disparos é torcedor do Palmeiras e costuma a frequentar as partidas da equipe.