Wallace Palhares voltou atrás em uma declaração que fez sobre a responsabilidade da Liga no acidente envolvendo o carro alegórico da escola “Em Cima da Hora” e Raquel Antunes da Silva, de 11 anos. A criança teve a perna direita amputada após ser prensada entre o carro e um poste. Em um primeiro momento, o presidente da Liga, que é responsável pela organização dos desfiles da Série Ouro, disse que o órgão “não teria que dar suporte” à família.

Para o jornal O Globo, Wallace disse que “o acidente foi uma fatalidade” e que “a entidade está prestando todo o apoio para a família da criança, mesmo o acidente tendo acontecido em um espaço externo da Sapucaí”.

Em uma outra entrevista ao próprio jornal carioca, Wallace eximiu a entidade da responsabilidade pelo incidente. “O que acontece ali é cultural e precisa de polícia. O que ocorreu foi uma fatalidade, o que tem de ter é segurança. O carro já estava sendo rebocado quando tudo aconteceu”, disse na época.

Entenda o caso

Raquel Antunes da Silva sofreu o acidente na dispersão do Sambódromo na madrugada de quinta-feira (21). Algumas testemunhas contaram que a menina subiu no carro alegórico da Em cima da Hora, que estava parado na rua. Quando o veículo começou a ser empurrado, a menina sofreu o acidente. Já uma amiga da família disse que a menina estava apenas perto do carro.

Em nota, a escola de samba Em cima da hora disse que estava “apurando com a Liga o que aconteceu”. “No momento, não iremos dar nenhuma declaração”, disse a assessoria de imprensa.

Ela perdeu uma das pernas após uma cirurgia de mais de seis horas no Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro. Ela corria o risco de ficar sem a outra perna, segundo os médicos. Uma tia diz que não há essa possibilidade.

O quadro de Raquel é considerado gravíssimo, porém estável. Ela teve uma parada cardíaca e traumatismo no tórax.