ROMA, 9 JUL (ANSA) – O presidente da Itália, Sergio Mattarella, recebeu nesta quarta-feira (9), em Roma, seu homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e afirmou que a segurança da Europa está em jogo no conflito iniciado pela Rússia em fevereiro de 2022.
“Bem-vindo a este palácio. É um grande prazer te encontrar novamente para reiterar a grande amizade e o pleno apoio da Itália à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia”, disse Mattarella no Quirinale, sede da Presidência da República.
“Nossa posição permanece absolutamente firme, e gostaria de expressar nossa admiração pelo povo ucraniano, algo que reforça nossa convicção no apoio ao seu país”, salientou o chefe de Estado italiano, que estava acompanhado pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani.
“A segurança ucraniana se identifica com a segurança europeia, contra quem gostaria de nos fazer voltar quase um século no passado”, afirmou Mattarella, que criticou a “intensificação dos cruéis bombardeios russos contra a população e infraestruturas civis”.
Além disso, o presidente italiano defendeu o ingresso da Ucrânia na União Europeia. “Espero que as negociações comecem em breve”, ressaltou.
Zelensky, por sua vez, agradeceu à Itália pelas “palavras de apoio” e por ter “reconhecido com firmeza que essa guerra desencadeada por Putin é um grande mal”.
O presidente está em Roma para uma conferência sobre a reconstrução da Ucrânia, que acontece na quinta (10) e na sexta-feira (11), e também aproveitou a ocasião para se reunir com o papa Leão XIV em Castel Gandolfo, cidade que abriga a residência de verão do pontífice.
“Estamos gratos pela conversa muito aprofundada com o Papa. A proposta de encontros no Vaticano para interromper a agressão russa e alcançar uma paz estável, duradoura e autêntica permanece aberta e plenamente possível. Por enquanto, Moscou está rechaçando essa proposta, assim como todas as outras ofertas de paz”, disse Zelensky em seu canal no Telegram.
O ucraniano e Leão XIV também discutiram “novos esforços para a repatriação de crianças sequestradas pela Rússia”, segundo o presidente. (ANSA).