O presidente e candidato à reeleição na Guiana, Irfaan Ali, prometeu que até o final desta terça-feira (2) haverá uma “tendência clara” sobre os resultados das eleições gerais realizadas na segunda-feira.
A Comissão Eleitoral (Gecom) apontou na semana passada que os resultados eram esperados, no mínimo, até quinta-feira. As eleições neste pequeno país são complexas do ponto de vista logístico, devido ao fato de que quase 90% de seu território é coberto por floresta tropical, segundo dados da ONG Conservation International.
“Até o final do dia, a tendência será clara, e estaremos em posição de avançar juntos”, disse Ali no Facebook, um dos três favoritos nas eleições.
“Enquanto o Gecom continua com o processo de atualização, verificação e tabulação, chamo todos a celebrarem nossos valores democráticos enquanto iniciamos um novo capítulo no desenvolvimento de nosso belo país”, acrescentou Ali, que fez campanha destacando os feitos de seu governo enquanto prometia fazer “mais”.
As eleições presidenciais, legislativas e regionais da Guiana determinarão quem irá administrar nos próximos cinco anos sua enorme riqueza petrolífera.
O pequeno país, que ainda vive em condições de pobreza, possui as maiores reservas de petróleo per capita do mundo e tem a maior taxa de crescimento da América do Sul (43,6% em 2024).
Além de Ali, do centro-esquerdista Partido Progressista do Povo (PPP/C), também se destaca o opositor de esquerda Aubrey Norton (APNU, Associação para uma Nova Unidade) e o populista Azruddin Mohamed, apelidado de “Trump guianês”.
Mohamed também é um bilionário que acabou de criar seu partido WIN (We Invest in the Nation/Investimos na Nação) para romper o tradicional bipartidarismo na Guiana.
Na segunda-feira, o chefe da missão de observação da Transparência Internacional, Mike Singh, disse que esperar pelos resultados até quinta-feira era “uma receita para o desastre”, embora tenha destacado que a votação ocorreu sem problemas.
pgf/ba/mr/lm/aa