O presidente da Federação Suíça de Futebol (ASF), Dominique Blanc, considera “difícil” que a Euro-2020, adiada para 2021 devido à pandemia, seja mantida em 12 cidades de 12 países, disse ele a diversos meios de comunicação de seu país nesta terça-feira.

“Dada a situação sanitária, pessoalmente considero que a versão inicial, uma competição espalhada por toda a Europa, tenha poucas chances de ser feita devido às restrições de viagens”, disse Blanc.

“Em todo caso, parece difícil para mim, atualmente não acho que a Suíça viaje para jogar em Baku”, acrescentou ele, respondendo a uma pergunta feita pelo Tribune de Genève e o jornal 24 Horas.

Prevista inicialmente para 2020 e remarcada para o período de 11 de junho a 11 de julho deste ano, a Eurocopa “vai ser disputada porque os conceitos de segurança implementados já foram testados”, acrescentou o dirigente. “Mas ninguém quer dizer como ainda”, frisou.

Entre as ideias discutidas pela Uefa, que se reunirá em seu congresso no próximo dia 20 de abril, “a primeira opção seria disputar a Eurocopa em um único país, na Rússia ou na Alemanha, por exemplo”, explicou.

“A segunda solução, ainda mais restritiva, seria jogar em uma única cidade grande que tenha estádios grandes o suficiente para receber os seis grupos”, disse Blanc, citando Londres, atualmente o foco de uma variante da Covid-19 mais contagiosa que a original.

No momento Blanc não acredita que os espectadores voltem aos estádios, devido ao lento avanço da vacina: “Penso que nos aproximamos de uma Eurocopa diferente, sem dúvida sem público”.

Contactada pela AFP, a Uefa não comentou estes possíveis cenários nem especificou quando irá decidir o que fazer. Em dezembro, ele afirmou que estava seguindo seu plano inicial de disputar a competição em 12 países.

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