(Reuters) – O presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noel Le Graet, pediu desculpas a Zinedine Zidane nesta segunda-feira depois que seus comentários sobre o ex-técnico do Real Madrid atraíram a ira de jogadores, políticos e até do clube espanhol.
Zidane era um dos favoritos para assumir o comando da seleção francesa se Didier Deschamps tivesse deixado o cargo, mas seu contrato foi prorrogado depois que ele levou a França à final da Copa do Mundo do Catar, em que perdeu para a Argentina no mês passado.
Quando perguntado se Zidane, vencedor da Copa do Mundo com a França em 1998 e um ícone nacional, agora comandaria a seleção brasileira, Le Graet disse ao RMC: “Eu não dou a mínima, ele pode ir para onde quiser”.
Le Graet acrescentou que nem atenderia o telefone se Zidane ligasse, provocando uma reação negativa e seu subsequente pedido de desculpas.
“Gostaria de apresentar minhas desculpas pessoais por essas declarações que absolutamente não refletem meus pensamentos, nem minha consideração pelo jogador que ele foi e pelo treinador que se tornou”, disse Le Graet em um comunicado divulgado pelo L’Equipe.
“Reconheço que fiz comentários constrangedores que geraram um mal-entendido. Zidane sabe da imensa estima que tenho por ele, como todos os franceses”.
No domingo, Le Graet disse que Zidane estava no radar e tinha muito apoio, mas não tinha chance de substituir Deschamps.
“Quem pode fazer sérias críticas a Deschamps? Ninguém… Se Zidane tentasse entrar em contato comigo? Certamente não, eu nem atenderia o telefone”, disse ele.
Zidane foi o primeiro treinador a vencer a Liga dos Campeões três vezes seguidas quando comandava o Real Madrid.
O jogador de 50 anos, que também venceu a Euro 2000 com a França durante uma brilhante carreira como jogador, está atualmente sem emprego depois que deixou o cargo no clube espanhol no ano passado.
(Reportagem de Rohith Nair em Bengaluru)