O futebol na Bolívia segue em uma crise que parece não ter fim. Nesta quinta-feira, além da derrota por 3 a 2 para o Equador, em La Paz, que mantém a seleção nacional zerada após três rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, o presidente em exercício da Federação Boliviana de Futebol (FBF, na sigla em espanhol), Marcos Rodríguez, foi detido por policiais no intervalo da partida realizada no estádio Hernando Siles.

De acordo com a imprensa boliviana, ele é acusado de enriquecimento ilícito e corrupção à frente da entidade. Rodríguez é acusado pelos presidentes dos clubes por supostas irregularidades, sendo que uma delas envolve a compra do terreno que sediará o futuro centro de treinamento da seleção. O dirigente seria levado à cidade de Santa Cruz de la Sierra, local de onde partiu a denúncia, mas se recusou a embarcar e foi levado a um centro de saúde de La Paz.

No último dia 4, o ex-presidente da FBF, Marco Peredo, fez uma denúncia contra a entidade e membros do Comitê Executivo com acusações de corrupção. Ao todo, 18 pessoas foram denunciadas. A imprensa boliviana também vincula a detenção de Rodríguez com o processo movido por Robert Blanco, postulante à presidência da federação.

Rodríguez está no poder desde a morte de César Salinas, presidente anterior da FBF, em decorrência da covid-19, em julho deste ano, e é reconhecido pela Conmebol. No entanto, seu mandato tem sido marcado por uma grave crise e divisão do futebol no país. Blanco queria o cargo e tem apoio de vários clubes, entre eles Bolívar e Jorge Wilstermann.

Com uma crise enorme, o futebol boliviano segue paralisado e não tem previsão de volta. Os clubes tentam uma definição rápida para que o prejuízo não seja maior, especialmente em relação à classificação para a Copa Sul-Americana e a Copa Libertadores de 2021. A Conmebol reiterou a sua posição de que não aceitará indicados para definir representantes em suas competições.

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