BRUXELAS, 6 MAR (ANSA) – A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, convidou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para participar de uma reunião sobre a Saúde que será realizada em Roma, na Itália, no próximo dia 21 de maio.   

Segundo nota divulgada nesta sexta-feira (5), a representante europeia afirmou que o encontro será usado “para preparar melhor o mundo para enfrentar futuras pandemias e melhorar a segurança sanitária no mundo” e o convite foi feito durante um telefonema entre os líderes.   

“A UE e os Estados Unidos estão entre os principais produtores de vacinas do mundo e temos um forte interesse em trabalhar juntos para um bom funcionamento das cadeias de entregas globais”, acrescentou Von der Leyen.   

Os dois ainda debateram a retirada de impostos da briga entre Airbus e Boeing e também a colaboração “estreita” com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).   

Neste sábado (6), o jornal britânico “Financial Times” informou que a conversa entre Von der Leyen e Biden também abordou um outro ponto bastante polêmico nos últimos dias: a liberação da exportação de vacinas anti-Covid.   

“A UE solicitará aos Estados Unidos a permissão da exportação de milhões de doses da vacina da AstraZeneca para a Europa. A Comissão pretende focar no tema nas próximas discussões transatlânticas”, diz o jornal citando fontes europeias. A ideia é “acalmar as carências de entregas nas vacinas por parte da UE e respeitar os contratos de fornecimento”.   

No entanto, um funcionário da Casa Branca relatou ao jornal que “a primeira prioridade do presidente é tornar disponíveis as vacinas para cada norte-americano”, mas que “os EUA e a UE se comprometeram a aprofundar a cooperação sobre a resposta à pandemia, também melhorando o compartilhamento de informações”.   

Nesta semana, a Itália foi o primeiro país do bloco europeu a reter a exportação de vacinas anti-Covid produzidas em território nacional para um país terceiro, no caso, a Austrália.   

O governo de Roma usou como base uma lei europeia que permite tomar a medida desde que a exportação seja para um “país não vulnerável” na pandemia. Ao todo, 250 mil doses foram bloqueadas.   

A União Europeia vem sofrendo com atrasos nas entregas das vacinas nos três contratos firmados e já vigentes com as farmacêuticas AstraZeneca, Pfizer e Moderna. (ANSA).