O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Dário Berger (PMDB-SC), afirmou que o cenário nesta terça-feira, 29, é “complexo” para a votação do projeto de lei que altera para R$ 159 bilhões as metas fiscais de déficit para este e o próximo ano. A expectativa do Palácio do Planalto é aprovar a proposta no Congresso Nacional até quinta-feira, 31, quando termina o prazo para o governo enviar a Lei Orçamentária Anual (LOA).

“A impressão que eu tenho é que não vai ser muito fácil (aprovação da alteração nesta terça na CMO). Vai depender da hora que começarmos, porque certamente não teremos hora para terminar”, disse Berger ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Ele também contou que pretende abrir a sessão da CMO no horário previsto, às 14h30, mas deve suspender a reunião do colegiado em seguida até que sejam “superadas questões regimentais”.

“O cenário hoje está meio complexo porque tem sessão do Congresso, depois terá sessão do Senado, que eu não sei se será deliberativa, depois sessão da Câmara, que também não sei se será deliberativa. Isso tudo será pré-requisito para a reunião e deliberação da CMO”, disse ele.

Mais cedo, o presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou à imprensa que pretendia conversar com o presidente da CMO para saber qual o tratamento ele dará à proposta e saber se “pode ou não convocar uma outra sessão do Congresso para votar a mudança da meta” no período esperado pelo governo.

Dário Berger disse que acredita que o principal problema na CMO será a obstrução da oposição, que deve usar “todo o tempo que for necessário para se manifestar” e destacar alguns pontos do texto. “Isso pode ir longe”, declarou Berger. Ele ponderou que não recebeu “nenhum sinal de insatisfação” sobre a matéria por parte de governistas. “Em nenhum momento chegou a minha pessoa qualquer tipo de insatisfação para que esse processo não tramitasse de maneira normal.”