O PSOL protocolou na Câmara, nessa segunda-feira, 17, uma representação contra o presidente da Comissão de Segurança da Casa, Paulo Bilynskyj, do PL de São Paulo, por quebra de decoro parlamentar.
O partido pediu a cassação ou suspensão do mandato de Bilynskyj e que a representação seja encaminhada pela Mesa Diretora diretamente ao Conselho de Ética.
A sigla sustentou que o bolsonarista tem adotado, ao longo deste ano, uma “conduta continuada de desrespeito, deboche e hostilidade” contra parlamentares da base aliada durante as reuniões da comissão. Segundo a representação, o deputado ri de pronunciamentos, abandona o plenário durante intervenções de deputados do PSOL, nega tempos regimentais e participa dos debates sem transferir a presidência, como exige o Regimento Interno.
O PSOL alegou que os episódios configuram abuso de prerrogativas e “atentam contra a dignidade do cargo de presidente da comissão”. A situação, segundo a representação, agravou-se na reunião de 28 de outubro, mesmo dia em que uma etapa da Operação Contenção, no Rio de Janeiro, deixou cerca de 121 mortos.
Na ocasião, o deputado Sargento Fahur questionou o número de mortos na ação policial e Paulo Bilynskyj respondeu que “já batemos cinquenta!”, expressão que o PSOL classificou como “tom de celebração”.
A representação também apontou ataques à líder do PSOL na Câmara, Talíria Petrone. O documento citou que Bilynskyj mandou a deputada “ficar quietinha” e disse que ela “não é bem-vinda” na comissão, além de declarar que o colegiado “não é baile funk”.
O partido ainda acusou o deputado de cometer violência política de gênero e raça, já que Talíria era a única mulher negra na reunião.