A presidente interina na Bolívia, Jeanine Áñez, convocou nesta terça-feira (28) um dia “jejum e oração” contra a pandemia do novo coronavírus, que matou até agora 53 cidadãos bolivianos e infectou mais de mil pessoas no país.

Em uma mensagem divulgada desde a segunda-feira na televisão, a líder de direita chamou os bolivianos para cumprirem “um dia de jejum e oração com a família”.

“Irmãos bolivianos, hoje quero enviar-lhes uma mensagem de fé, porque para Deus nada é impossível e estando com Ele, vamos vencer essa pandemia”, ressaltou Áñez, que pertence a uma congregação protestante.

Áñez, que deve decidir com o seu gabinete se prolonga ou não o confinamento nacional que está válido até 30 de abril, citou em sua mensagem uma passagem bíblica.

O ex-presidente Eduardo Rodríguez-Veltzé (2005-2006) criticou o convite.

“As orações e bênçãos coletivas aumentam o risco”, ressaltou.

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O ex-presidente Carlos Mesa (2003-2005), candidato às eleições gerais deste ano, não se referiu diretamente ao convite, mas criticou que “o governo está fazendo muito poucos testes (de coronavírus), e por isso não temos informações concretas da curva de contaminação”.

O chefe nacional de epidemiologia, Virgilio Prieto, comentou na última semana que “no momento estamos fazendo mais de 100 testes laboratoriais por dia”, uma quantidade considerada insuficiente. O Chile, por exemplo, faz em média 800 testes diários.

As redes sociais se encheram de mensagens contrárias e a favor da iniciativa da mandatária.


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