O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, fará, nesta terça-feira, uma visita de 48 horas a Madri a “convite da Espanha”, depois que o país europeu reconheceu o Estado palestino, informou, nesta segunda-feira (16), uma fonte da Presidência palestina.

Abbas será recebido pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e pelo rei Felipe VI. O presidente da Autoridade Palestina viajará em seguida para Nova York, onde está prevista sua participação na sexta-feira da Assembleia Geral anual das Nações Unidas, informou uma fonte à AFP.

O rei Felipe VI recebeu nesta segunda-feira as cartas credenciais de Husni Abdel Wahed, primeiro embaixador do Estado palestino na Espanha, após o reconhecimento de Madri em maio.

Abdel Wahed, que era chefe da missão diplomática palestina na Espanha desde 2022 e já tinha um status semelhante ao de embaixador, mudou oficialmente de posto em função da decisão adotada há alguns meses.

Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram o Estado palestino em 28 de maio, provocando a ira de Israel, cujo ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, acusou Sánchez de ser “cúmplice dos chamados ao genocídio do povo judeu”.

A Espanha adota uma posição muito crítica em relação a Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza.

O conflito eclodiu após um ataque letal do movimento islamista palestino Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, que causou a morte de 1.205 pessoas, incluindo os reféns mortos ou assassinados em cativeiro, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais israelenses.

Das 251 pessoas sequestradas naquele dia pelos milicianos islamistas, 97 ainda estão em cativeiro em Gaza, 33 das quais foram consideradas mortas pelo Exército israelense.

Como resposta, Israel lançou uma campanha militar que já deixou pelo menos 41.226 mortos na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, segundo os últimos números do Ministério da Saúde do território palestino.

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