O Gabão realiza eleições presidenciais, legislativas e locais neste sábado (26), nas quais o presidente Ali Bongo Ondimba concorre a um terceiro mandato contra uma oposição tardiamente unida nesta pequena nação centro-africana rica em petróleo.

Bongo e seu principal rival, Albert Ondo Ossa, lideram uma corrida de 14 candidatos que competem pelo cargo mais alto neste pequeno Estado de apenas 2,3 milhões de habitantes.

Mais de 850 mil gaboneses são chamados às urnas nas eleições de turno único, o que lhes permite vencer com uma maioria relativa. Os locais de votação abriram às 07h00 (03h00 no horário de Brasília).

Bongo, de 64 anos, chegou ao poder em 2009, após a morte de seu pai, Omar, que governou o país durante 41 anos.

O seu rival, Ondo Ossa, é um professor de economia de 69 anos que foi ministro de Bongo de 2006 a 2009.

A principal plataforma da oposição, Alternance 2023, o escolheu como único candidato oito dias antes das eleições.

Onda Ossa prometeu “tirar” do poder o atual presidente e o seu todo-poderoso Partido Democrático Gabonês (PDG), pondo fim ao que chama de “dinastia Bongo”, à frente do país há mais de 55 anos.

Ambos os candidatos conseguiram reunir milhares de apoiadores em eventos de campanha eleitoral nos últimos dias.

A oposição, no entanto, criticou a instituição do “voto único”, um novo sistema de votação que funde pela primeira vez os votos presidenciais e legislativos, o que favorece o partido no poder.

Nas eleições de 2016, Bongo venceu seu rival por apenas 5.500 votos em meio a denúncias de fraude eleitoral.

A situação desencadeou uma onda de violência que deixou pelo menos cinco mortos, segundo o governo, e 30 segundo a oposição.

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