O presidente argentino, Javier Milei, partiu nesta segunda-feira (5) em uma viagem, cujo primeiro destino será Israel, onde se reunirá com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e que incluirá uma audiência com o papa Francisco no Vaticano.

Antes de partir de Buenos Aires, o presidente manifestou seu apoio e solidariedade a Israel diante dos “ataques do grupo terrorista Hamas”.

A visita servirá “para expressar solidariedade a Israel e defender seu direito à legítima defesa, e para seguir aprofundando nossos laços”, disse Milei aos jornalistas.

Em sua viagem, o presidente argentino está acompanhado da chanceler Diana Mondino, de sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e do rabino Axel Wahnish, designado embaixador argentino em Israel.

Ele chegará a Tel Aviv na tarde de terça-feira e visitará o Muro das Lamentações, no que definiu como “a parte espiritual” de sua visita.

Economista de 53 anos, Milei foi educado no seio do catolicismo e passou a se interessar pelo judaísmo nos últimos anos, mas sem se converter.

Na quarta-feira, reúne-se em Jerusalém com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e depois com o primeiro-ministro Netanyahu, a quem confirmará “em primeira mão”, adiantou, sua “posição adotada em termos internacionais”.

Milei declarou Estados Unidos e Israel como aliados prioritários de seu governo e condenou publicamente a violência “atroz e imperdoável” do grupo islamista Hamas, em referência ao ataque de 7 de outubro.

Na quinta-feira, o líder argentino visitará um kibutz e terá uma reunião com familiares dos reféns sequestrados pelo Hamas.

Em Roma, juntam-se à sua delegação o ministro do Interior argentino, Guillermo Francos, a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, e o secretário de Culto, Francisco Sánchez.

Em 11 de fevereiro, Milei participará da missa de canonização da beata Maria Antônia de São José, Mama Antula, na Basílica de São Pedro, onde espera-se que ele e o papa Francisco se cumprimentem pela primeira vez. No dia seguinte, o presidente será recebido em audiência pelo pontífice argentino.

No ano passado, Milei proferiu insultos contra o papa, a quem chamou de “imbecil” e definiu como “representante do maligno na Terra”, além de acusá-lo de “buscar expandir o comunismo”.

Depois, porém, em um debate presidencial, afirmou que havia se desculpado. No fim de janeiro, Francisco, de 87 anos, disse que receberia Milei e garantiu que não havia se ofendido com seus comentários.

Após se encontrar com o papa na próxima segunda, Milei tem prevista para o mesmo dia uma reunião com a primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, e com o presidente do país, Sergio Mattarella.

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