O direitista Jorge Tuto Quiroga, que vai disputar a presidência da Bolívia em outubro, acusou nesta segunda-feira (25) o presidente Nicolás Maduro de ser “chefe de um conglomerado criminoso mafioso que roubou a presidência da Venezuela”.
Em entrevista à AFP, Quiroga pediu “ao povo e às Forças Armadas” da Venezuela que não sejam “cúmplices de um cartel de traficantes de drogas”, em meio à mobilização de navios de guerra dos Estados Unidos frente à costa de Caracas.
Washington acusa Maduro de comandar o Cartel de los Soles – que classifica como organização terrorista – e oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares (270,8 milhões de reais) por informações que levem à sua captura.
Quiroga enfrentará o candidato de centro-direita Rodrigo Paz em um segundo turno, o que vai marcar o fim de 20 anos de governos de esquerda que começaram com Evo Morales e continuaram com Luis Arce, hoje adversários ferrenhos.
Durante o período do Movimento ao Socialismo no poder, a Bolívia foi um dos mais firmes aliados do chavismo, ao lado de Cuba e Nicarágua.
Quiroga vangloriou-se de nunca ter reconhecido o governo de Maduro, que, segundo o candidato, “está morrendo de medo” porque “colocaram uma recompensa” por ele.
Sobre uma eventual invasão americana na Venezuela, o candidato do movimento Libre evitou fazer comentários.
“Sabemos que há gente na Venezuela que não aceita sua liderança (…) O que faço é pedir a todas as forças da ordem da Venezuela que se coloquem ao lado da democracia”, ressaltou.
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