A Romênia foi alvo de “ciberataques” destinados a “influenciar” nas eleições presidenciais, anunciou a Presidência nesta quinta-feira (28), após a surpreendente classificação de um candidato de extrema direita pró-russo para o segundo turno e a derrota do primeiro-ministro.

A Presidência também declarou em comunicado que há “um crescente interesse” por parte da Rússia “em influenciar na agenda pública da sociedade romena”.

O comunicado, emitido após uma reunião do Conselho Supremo de Defesa Nacional, disse que o TikTok deu “tratamento preferencial” ao candidato de extrema direita, Calin Georgescu.

Sem nomeá-lo, a Presidência refere-se à sua “exposição maciça” na rede social e pede ação imediata, sem especificar de que tipo.

O Tribunal Constitucional da Romênia havia ordenado pouco antes a recontagem dos votos do primeiro turno, após outro candidato de extrema direita, Cristian Terhes, acusar um dos partidos de ter continuado sua campanha na Internet além do prazo permitido.

Isto teria permitido que Elena Lasconi, prefeita centrista de uma pequena cidade, ficasse em segundo lugar, à frente do primeiro-ministro Marcel Ciolacu, que não disputará o segundo turno.

Vizinha da Ucrânia e membro da União Europeia e da Otan, a Romênia tem resistido até agora às posições nacionalistas, diferenciando-se de países como Hungria e Eslováquia.

O segundo turno das eleições presidenciais está programado para 8 de dezembro, após as legislativas no domingo, 1º de dezembro.

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