Os militares do Equador continuarão no controle das prisões do país, após o presidente Daniel Noboa declarar como “zonas de segurança” estas unidades carcerárias transformadas em centros de operações de quadrilhas associadas ao narcotráfico e cenários de numerosos massacres, informou a Presidência.

Noboa declarou “os centros de privação de liberdade como zonas de segurança” em comunicado divulgado na noite de domingo (7).

Em janeiro, o presidente decretou estado de exceção para mobilizar as Forças Armadas nas prisões a fim de neutralizar cerca de 20 grupos associados ao tráfico de drogas rotulados como “terroristas” e “beligerantes”.

A medida permitirá que o Exército continue controlando as prisões, uma tarefa que assumiu após a fuga de um líder importante de uma associação criminosa que ainda não foi recapturado.

O estado de exceção terminou à meia-noite de domingo, depois de expirados os 90 dias permitidos por lei. Caso queira prorrogar a medida excepcional, o presidente deverá decretar uma nova ordem que deverá ser homologada pelo Tribunal Constitucional.

Quando foi anunciada em janeiro, a medida desencadeou uma onda de violência por parte de grupos de traficantes na qual cerca de 20 pessoas morreram nas ruas e prisões do país.

Gangues criminosas ligadas a cartéis da Colômbia e do México transformaram as prisões em campos de batalha, onde disputam o controle do tráfico de drogas em confrontos que deixaram mais de 460 presos mortos desde 2021.

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