O secretário de Segurança Pública de São Paulo, general João Camilo, afirmou nesta segunda-feira, 17, que não descarta nenhuma hipótese sobre o tiroteio que interrompeu uma agenda de campanha em Paraisópolis do candidato ao Palácio dos Bandeirantes Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta manhã, mas que informações preliminares apontam para um confronto motivado pela presença das forças policiais na região e que a suspeita de tentativa de atentado é pouco provável.

“Eu entendo que a investigação vai de maneira ampla, mas entendemos um confronto pela presença policial (que gerou um) ruído. Seria um indício de que o fato pende para outra linha de investigação (que não um atentado), mas nada é dispensado”, disse. “Na nossa opinião ainda é prematuro com os dados que nos temos dizer isso.”

Segundo o secretário, o confronto ocorreu a cerca de 100 metros de onde estava Tarcísio, às 11h40 da manhã. O candidato participava da inauguração de um polo universitário. As autoridades informaram que um grupo de oito pessoas, dois portando armas longas, entraram em um primeiro confronto com seguranças à paisana, que inclui também policiais militares, que faziam a segurança de Tarcísio. A policia ostensiva chegou ao local na sequência. A campanha de Tarcísio chama o episódio de tentativa de intimidação.

“Na dinâmica dos fatos, algo ainda tendo em vista o ruído da Polícia estar nesse ambiente. As motos, aqueles que estavam fazendo a ponta. Em uma comunidade enorme, muito importante para São Paulo, é naturalmente contrária a presença de policiais lá dentro”, completou o general João Camilo. “Essa situação não é novidade para a gente, das várias entradas você causa desconforto.”

As autoridades também afirmaram que não há registro de tiros disparados contra o prédio em que a equipe de Tarcísio estava, ou contra o veículo que transportou o candidato. Uma van escolar, porém, foi baleada, e um dos homens envolvidos no confronto morreu. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele já havia sido detido anteriormente por outro crime.

O secretário também informou que não recebeu qualquer pedido de investigação prévio por parte da equipe do ex-ministro sobre supostas ameaças de morte ao candidato.