Prêmio Princesa das Astúrias concedido à americana Mary-Claire King por prevenção ao câncer

A americana Mary-Claire King recebeu nesta quinta-feira (12), na Espanha, o Prêmio Princesa das Astúrias de Investigação Científica e Técnica por sua aplicação da genética à prevenção do câncer, contribuindo “para salvar milhões de vidas”.

“Os estudos da Dra. King permitiram estabelecer pela primeira vez a estreita relação entre um gene específico e o risco de desenvolver câncer de mama ou de ovário, contribuindo assim para salvar milhões de vidas”, afirmou o júri do prêmio, concedido pela Fundação Princesa das Astúrias, herdeira do trono espanhol.

Seu trabalho também foi fundamental para a compreensão “da surpreendente semelhança genética entre humanos e chimpanzés”, segundo a decisão, anunciada em Oviedo, capital da região espanhola das Astúrias.

King foi selecionada entre 59 candidatas de 23 nacionalidades. Formada em matemática e doutora em genética pela Universidade de Berkeley, King recebeu diversos prêmios, incluindo o Lasker, em especial pela identificação do gene BRCA1, chave no desenvolvimento do câncer de mama e de ovário.

Com mais de 20 títulos de doutorado honorário de universidades em todo o mundo, King ocupou cargos importantes em instituições públicas e acadêmicas nos Estados Unidos, além do Conselho Científico da Organização Mundial da Saúde.

A categoria Investigação Científica e Técnica é a sétima das oito já anunciadas este ano. Criado em 1981, o prêmio conta com 50.000 euros (319 mil reais) e uma escultura criada pelo falecido artista catalão Joan Miró.

No ano passado, esta categoria foi concedida a cinco especialistas dos Estados Unidos, Canadá e Dinamarca, cujos estudos levaram ao desenvolvimento de medicamentos para combater diabetes e obesidade, como o Ozempic.

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