Premier italiano visita áreas de terremoto e pede esperança

ROMA, 07 FEV (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, visitou na manhã desta terça-feira (7) duas das cidades atingidas pelos recentes terremotos no centro do país e que sofreram com uma onda de mau tempo no mês passado.   

A primeira etapa foi em Montorio al Vomano, município de 8,2 mil habitantes que fica no maciço de Gran Sasso, a menos de 40 km do hotel Rigopiano, destruído por uma avalanche provavelmente causada pelos tremores de terra – a tragédia deixou 29 mortos.   

Debaixo de chuva, o premier caminhou pelo centro histórico da cidade e conversou com moradores que pediram ajuda para não serem forçados a ir embora. “Nós conseguiremos, ficaremos próximos de vocês”, garantiu Gentiloni.   

Em seguida, ele se dirigiu para Teramo, de 54 mil habitantes, onde se reuniu com prefeitos da província homônima. “O maior risco que enfrentamos é o de perder um pouco a confiança no futuro dessas áreas. Por isso é preciso resolver os problemas emergenciais, mas, pouco a pouco, devolver a esperança e investir nas vocações desses territórios”, disse.   

Gentiloni estava acompanhado pelo governador de Abruzzo, Luciano D’Alfonso, pelo chefe da Proteção Civil da Itália, Fabrizio Curcio, e pelo comissário do governo para a reconstrução das zonas atingidas pelos terremotos, Vasco Errani.   

Desde 24 de agosto do ano passado, a península vem sofrendo uma intensa série de terremotos que ainda não se sabe quando irá acabar. De lá para cá, mais de 300 pessoas morreram por conta dos tremores, incluindo as 29 que perderam a vida no hotel Rigopiano.   

Para piorar a situação, o centro da Itália passou janeiro inteiro debaixo de neve, o que dificultou os trabalhos de resgate de cidadãos afetados pelos sismos e o acolhimento dos desalojados. No início deste mês, o governo aprovou o terceiro decreto que destina recursos para a reconstrução das cidades atingidas.   

“Uma parte do nosso país foi repetidamente atingida de modo muito grave. Não se tratou de um único episódio, mas de uma sequência, infelizmente. Isso não deve afetar a coesão das nossas comunidades e a confiança no futuro, porém é preciso trabalhar com pressa”, declarou Gentiloni. (ANSA)