ROMA, 9 FEV (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, negou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, será convidado para a reunião entre os líderes das maiores potências do mundo, o G7, que será realizado em maio na cidade italiana de Taormina.   

“Não há algum convite para o presidente Putin para participar das reuniões em Taormina. […] Essa perspectiva me parece irreal no momento”, disse aos jornalistas nesta quinta-feira (9). No entanto, ele ressaltou que há a necessidade “de fazer todo o esforço possível no terreno do diálogo” com os russos.   

A Rússia foi afastada do então G8 em 2014 após anexar a Crimeia, na Ucrânia, ao seu território. Desde então, os outros sete países – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão, Itália e Reino Unido – impuseram uma série de sanções econômicas e políticas ao governo russo.   

Gentiloni está em Londres, onde teve uma reunião com a premier britânica Theresa May. Também questionada sobre o assunto, a líder do governo informou que seu país está “preocupado” com as ações “desestabilizantes” dos russos contra a Ucrânia, que provoca uma deterioração das situações humanitárias no país.   

May ainda destacou que as sanções impostas contra o governo russo deverão permanecer até que Putin cumpra com as cláusulas do tratado de paz, assinado em Minsk em 2014. Entre as medidas que ainda não foram cumpridas pelos russos está o fim da presença de militares do país nas zonas separatistas de Donetsk e Lugansk.   

– ‘Brexit’ Gentiloni foi questionado sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado “Brexit”, que recebeu a liberação da Câmara dos Comuns nesta quarta-feira (8).   

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“Respeitamos e sabemos que não será uma negociação simples, mas precisamos enfrentá-la. Esse será o posicionamento italiano, de modo amigável e construtivo. Não temos nenhum interesse em uma negociação destrutiva entre a União Europeia e o Reino Unido”, destacou o italiano.   

Sobre os cidadãos italianos que moram no país, Gentiloni garantiu que eles continuarão a ser bem tratados pelos britânicos. “Itália e Reino Unido tem um interesse recíproco em garantir que os cidadãos italianos que vivem no Reino Unido e os britânicos que vivem na Itália terão seus direitos adquiridos respeitados e tratados em condições de reciprocidade, tratados bem”, acrescentou. (ANSA)


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