GENÔVA, 14 AGO (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, visitou na tarde desta terça-feira (14) a cidade de Gênova e descreveu o desabamento da Ponte Morandi como uma “ferida grave para toda a Itália”, exigindo respostas sobre a tragédia.   

“Diante de uma tragédia como a de Gênova, todos devem questionar as autoridades competentes e todas as pessoas que têm responsabilidade”, afirmou Conte à imprensa.   

Segundo ele, o número de vítimas “infelizmente está destinado a subir”. “Nós terminamos a reunião e examinamos o estado de emergência. No total são 25 mortos, 15 feridos, sendo nove em estado grave”. Mais cedo, o número havia sido atualizado para 35, de acordo com as autoridades. Entre as vítimas, há uma criança de 10 anos. Conte ainda afirmou ter conversado com líderes europeus e ressaltou que foi um “consolo ter o apoio deles”. Além disso, agradeceu a todas as equipes de resgate, “que continuarão trabalhando a noite toda”. Vários veículos caíram de uma altura de 90 metros e permanecem em meio aos escombros. Durante seu pronunciamento, o primeiro-ministro italiano aproveitou o momento para anunciar “um plano extraordinário para monitorar todas as infraestruturas, especialmente as mais antigas”. “Os controles serão muito rigorosos porque não podemos permitir outras tragédias como essa”, disse.   

Projetada pelo engenheiro Riccardo Morandi, a ponte foi construída na década de 1960 e é considerada uma das principais vias de acesso pela capital da Ligúria. No entanto, o viaduto inteiro precisará ser demolido, informou o vice-ministro de Infraestrutura e Transportes da Itália, Edoardo Rixi.   

“Toda a Ponte Morandi será demolida com grande repercussão no trânsito e causando problemas para os cidadãos e as empresas”.   

“Uma “ponte como esta não desmoronaria por um raio, nem por uma tempestade. Os culpados devem ser encontrados”, acrescentou.   

Para o vice-ministro, o colapso da Ponte Morandi terá consequências ainda incalculáveis na economia de Gênova, com sérios danos ao porto e ao tráfego.   

O ministro do Interior, Matteo Salvini, por sua vez, se comprometeu em fazer tudo que estiver ao seu alcance para “ter nomes e sobrenomes dos responsáveis passados e presentes, porque é inaceitável que na Itália se morra assim”. (ANSA)