O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou nesta quarta-feira (15) que participará da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no final de junho, em Madri, a primeira vez para um chefe de governo japonês.
A cúpula da aliança político-militar acontece de 28 a 30 de junho, em Madri, em meio a um momento-chave após a invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro.
O Japão não é membro da Otan e tem uma Constituição pacifista. É, no entanto, um aliado próximo dos Estados Unidos e membro do G7. Participa das sanções internacionais contra Moscou e entregou equipamentos não ofensivos à Ucrânia.
“Como único país da Ásia no G7, a capacidade diplomática do Japão está sendo posta à prova”, disse Kishida à imprensa, afirmando que as tentativas de mudar o “status quo” unilateralmente pela força não devem ser toleradas “em nenhum lugar do mundo”.
Sua participação na cúpula da Otan será “a primeira para um primeiro-ministro japonês”, acrescentou.
Afirmou, ainda, que pretende destacar os vínculos entre as preocupações de segurança da Europa e da Ásia, onde as ambições geopolíticas da China, aliada da Rússia, são de particular preocupação para Tóquio.