O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, condenou, neste domingo (17), o incêndio que teria sido “criminoso” de um hotel de acolhida de demandantes de asilo, perto de Galway, ressaltando que “não havia justificativa para a violência”.

Por volta das 23h35 de sábado, foi declarado um incêndio no hotel Ross Lake House, de Rosscahill, condado de Galway (oeste). A polícia irlandesa, que abriu uma investigação, mencionou um “incidente criminal”.

Abandonado há anos, o estabelecimento deveria acomodar cerca de 70 requerentes de asilo nos próximos dias.

Manifestantes contrários à sua abertura já haviam bloqueado a entrada do hotel no sábado em protesto.

“Estou profundamente preocupado (…) com os supostos danos criminais causados a uma série de propriedades em todo o país, incluindo as do condado de Galway, na noite passada, destinadas a alojar pessoas que buscam proteção internacional”, disse Leo Varadkar em um comunicado.

“Nada justifica a violência, um incêndio criminoso, ou o vandalismo na nossa República. Nunca”, assegurou.

O diretor-executivo da ONG Irish Refugee Council, Nick Henderson, pediu uma “investigação exaustiva” e manifestou sua preocupação com um “padrão recorrente de incêndios criminosos” contra lugares de acolhida para refugiados e solicitantes de asilo.

Nos últimos meses, a falta de moradia acessível e a crise do custo de vida alimentaram o ressentimento contra os recém-chegados.

No final de novembro, a cidade de Dublin foi palco de tumultos. As autoridades culparam grupos de extrema direita pelos atos de violência, após um ataque com faca que deixou quatro feridos, incluindo três crianças.

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