Por Yoshifumi Takemoto e Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) – O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, pediu às empresas nesta quarta-feira que aumentem os salários a um nível que exceda a taxa de inflação, como parte dos esforços do país para colocar a economia em uma trajetória de recuperação sustentada.

O presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, também pressionou as empresas a aumentar os salários, dizendo que isso apoiará os esforços do Banco do Japão para manter os preços em torno de sua meta de inflação de 2%.

As declarações vêm antes das negociações salariais anuais entre empresas e sindicatos, que serão fundamentais para determinar quando o Banco do Japão pode reduzir seu estímulo massivo.

A riqueza acumulada pelas empresas não chegou às famílias por meio de salários mais altos nos últimos 30 anos, uma situação que o governo espera mudar, disse Kishida em entrevista coletiva.

“Gostaria de criar uma estrutura econômica em que os salários subam a cada ano”, acrescentou.

Separadamente nesta quarta-feira, Kuroda reiterou sua determinação de manter uma política monetária ultrafrouxa para alcançar de forma sustentável a inflação de 2%.

“A economia do Japão deve sustentar um crescimento bastante estável”, disse Kuroda em uma reunião de executivos de bancos comerciais.

“O Banco do Japão apoiará a economia com afrouxamento monetário, para que sua meta de inflação seja atingida de forma sustentável e constante, acompanhada de crescimento salarial”, disse ele.

(Reportagem de Yoshifumi Takemoto e Leika Kihara; Reportagem adicional de Tetsushi Kajimoto)

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