Premiê é criticado por se recusar a dizer ‘Viva a Bélgica’

BRUXELAS, 22 JUL (ANSA) – O Dia Nacional da Bélgica, celebrado na última segunda-feira (21), gerou uma controvérsia política depois que o primeiro-ministro do país, o conservador Bart De Wever, e o ministro da Defesa, Theo Francken, se recusaram a pronunciar a tradicional frase “Viva a Bélgica” durante as celebrações do feriado.   

“Não quero fazer papel de bobo na frente de ninguém. Respeito as convicções de todos, mas as minhas também devem ser respeitadas”, declarou o líder do partido nacionalista Nova Aliança Flamenga (N-VA).   

Francken, membro da legenda de De Wever, seguiu os mesmos passos do premiê, mas optou por dizer o slogan “Viva a Defesa”.   

O político mencionou que está “fazendo seu trabalho”, mas “continua sendo um nacionalista flamengo”.   

As ações do chefe de governo desagradaram muitos líderes francófonos, que consideraram um desrespeito ao país. O ex-primeiro-ministro Elio Di Rupo, do Partido Socialista (PS), definiu os gestos como um “erro gravíssimo”.   

Já a chefe do partido liberal DéFI, Sophie Rohonyi, mencionou que De Wever e Francken “não são dignos” de ocupar os cargos de premiê e ministro da Defesa.   

De Wever participou das festividades de 21 de julho em solo belga pela primeira vez desde que tomou posse como chefe de governo. Ao contrário de outros primeiros-ministros, ele apenas participou da missa Te Deum com a família real e do desfile militar, tendo ignorado as outras celebrações no centro de Bruxelas. (ANSA).