ROMA, 21 JAN (ANSA) – O Parlamento da Itália aprovou nesta quarta-feira (20) um novo pacote de estímulo de 32 bilhões de euros, que aumentará o déficit até 2021 para 8,8 % do Produto Interno Bruto (PIB) contra os 7% que o governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte havia estimado em outubro passado.   

A ajuda extra para conter a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) foi aprovada por unanimidade no Senado e por ampla maioria na Câmara dos Deputados.   

Deixando de lado a tensão dos últimos dias, os partidos de oposição e coalizão uniram forças para aprovar a quantia que será usada para ajudar o serviço nacional de saúde, financiar concessões a empresas forçadas a fechar devido aos bloqueios para conter a Covid-19, além de fornecer cobertura para o adiamento dos prazos de pagamento de impostos, entre outras medidas.   

Com este pacote, a Itália chega a quase 200 bilhões de euros aprovados para uma série de medidas de estímulo desde que a pandemia atingiu drasticamente o país, em fevereiro passado.   

Apesar das divergências para manter Conte no poder, os partidos da oposição afirmaram concordar com a necessidade de estimular os esforços para auxiliar a economia a sobreviver à crise sanitária, mas alertaram que o tempo está chegando ao fim.   

“Temos 100 dias para salvar este país da pandemia e do risco de falência”, afirmou Renato Brunetta, membro do Força Itália.   

Para o ministro da Economia da Itália, Roberto Gualtieri, por sua vez, é graças ao déficit orçamentário que o governo vai “continuar a completar as medidas de apoio já aprovadas e reconhecidas até agora para os setores mais afetados pela pandemia, que devem continuar pelo tempo que for necessário”.   

(ANSA)