ROMA, 19 DEZ (ANSA) – A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, anunciou nesta segunda-feira (19) que ainda não agendou uma data para visitar Israel, mas espera que a viagem aconteça no início do próximo ano.   

“A viagem a Israel não está marcada, mas será uma das próximas viagens que farei. Espero que seja nos primeiros meses do próximo ano”, disse a líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI).   

A declaração foi dada à margem da cerimônia para a festa de Hanukkah, uma das celebrações mais importantes para os judeus, no Museu Judaico em Roma.   

Durante o evento, a presidente da comunidade judaica romana, Ruth Dureghello, fez um discurso e desejou que Meloni “acendesse não apenas uma vela esta noite, mas todos os dias de sua vida, em uma luz forte dentro de si mesma para enfrentar a grande tarefa que tem pela frente”.   

“Obrigado pelo convite e por estas palavras. Nós mulheres ocasionalmente fazemos isso um pouco assim, de sermos muito sensíveis, nós mães em particular”, agradeceu a premiê italiana visivelmente emocionada.   

Em sua intervenção, Meloni declarou que “acha extremamente valioso lembrar que sem o que nos define e dá profundidade à nossa vida, não podemos ter a força, nem a consciência, nem as razões certas para enfrentar adequadamente os desafios”.   

“O povo judeu sempre soube disso, mais do que muitos outros e é por isso que sua identidade e tradições ainda estão tão vivas. E foi justamente essa capacidade que tornou o povo judeu tão resiliente, apesar de ter passado por tantas dificuldades atrocidades”, enfatizou a líder italiana.   

Segundo Meloni, “outra grande lição é que a identidade não é exclusiva: o fato de nos orgulharmos de nossas tradições não impede que nos contaminemos”. “Esta é a outra grande força que vocês representam, porque vocês também são uma parte fundamental da identidade italiana”.   

“Isso significa que a identidade não exclui, mas é algo que agrega, que fortalece a todos. Afinal, a palavra respeito vem do latim ‘respicere’ que significa olhar profundamente. Só quando tenho consciência de quem sou, eu olho sem medo do que está ao meu redor”, concluiu.   

Ao final de seu discurso, Meloni abraçou Dureghello e cumprimentou Sami Modiano, um sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Na sequência, os três participaram da cerimônia de acendimento de um castiçal. (ANSA).