O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, confirmou nesta quarta-feira (25) a intenção de submeter à votação cortes na assistência social, apesar da oposição de pelo menos 120 parlamentares trabalhistas, a maior rebelião interna do partido desde que chegou ao poder há um ano.
Starmer tornou-se primeiro-ministro em julho de 2024, após a vitória esmagadora do Partido Trabalhista nas eleições gerais, que encerraram 14 anos de governo conservador no Reino Unido.
As rebeliões dentro do partido não demoraram a acontecer, como quando ele anunciou a extinção do auxílio à calefação para aposentados, justificando com a necessidade de reequilibrar as contas públicas.
No início de junho, o governo anunciou a retirada dessa medida, em uma mudança política significativa.
No entanto, Starmer confirmou nesta quarta-feira a intenção de submeter à votação a reforma de outros benefícios sociais na próxima semana, apesar das vozes contrárias.
“Precisamos reformar a assistência social. Fomos eleitos para mudar (…) o que está quebrado”, disse à LBC de Haia, onde participa da cúpula da Otan.
Em sua opinião, o sistema atual “prende as pessoas em uma situação na qual não podem trabalhar”.
A reforma planeja restringir a elegibilidade para benefícios por invalidez e doença na Inglaterra. O objetivo é levar mais pessoas de volta ao mercado de trabalho e economizar até £ 5 bilhões (R$ 37,35 bilhões) por ano.
Mais de 120 parlamentares trabalhistas, quase um terço dos 403 representantes do partido no Parlamento, assinaram uma emenda para bloquear as mudanças.
Opositores à medida afirmam que, com a reforma, 250 mil pessoas podem cair na pobreza.
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