Por Michael Holden e Kylie MacLellan e Costas Pitas

LONDRES (Reuters) – O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, procurou acalmar os temores públicos nesta terça-feira, conforme as compras geradas pelo pânico deixaram postos de combustível de grandes cidades secos, dizendo que o governo está fazendo preparativos para que as cadeias de abastecimento estejam prontas para o período que antecede o Natal.

Johnson disse que a situação está melhorando nos postos, embora em muitas regiões centenas deles continuem fechados e os motoristas passem horas circulando ou parados em filas para encher o tanque.

“Agora estamos começando a ver a situação melhorar. Estamos ouvindo do setor que os suprimentos estão voltando aos postos da maneira normal, e eu só pediria às pessoas que sigam com suas vidas da maneira normal”, disse Johnson em pronunciamento na TV.

Foram as primeiras declarações do premiê desde que os problemas de suprimento de combustível começaram no final da semana passada, quando petrolíferas relataram dificuldade no transporte de gasolina e diesel das refinarias para os postos.

O líder de oposição trabalhista, Keir Starmer, acusou Johnson e o governo de se arrastarem de “crise em crise”.

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São crescentes os apelos de médicos, enfermeiros e outros trabalhadores essenciais para serem priorizados no abastecimento para manterem hospitais e serviços sociais funcionando, mas Johnson disse que seria melhor “estabilizarmos da maneira normal”.

Um clima de caos se apoderou da quinta maior economia do mundo nas últimas semanas, já que a escassez de caminhoneiros tensionou as cadeias de suprimento e uma disparada nos preços do gás natural no atacado europeu está causando graves dificuldades em empresas de energia.

A escassez de caminhoneiros pós-Brexit é exacerbada pela suspensão dos exames de habilitação para condução de caminhões durante os lockdowns da Covid, além da saída de pessoas do setor de fretes.

Ela semeia caos nas cadeias de suprimento, elevando a perspectiva de carências generalizadas, aumentos de preço no período pré-natalino e uma elevação prolongada da inflação.

(Reportagem adicional de Ben Makori, James Davey e Joice Alves em Londres e Rene Wagner in Berlim)

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