Monica Carvalho, 54, viralizou após aparecer no tapete vermelho do Festival de Cannes, considerado um dos eventos mais importantes do cinema, em maio deste ano. Na ocasião, a artista, eternizada por seus trabalhos como atriz, esteve na cerimônia como produtora do curta-metragem “The Painter”, vencedor dos prêmios Melhor Compositor e Prêmio do Júri Popular.
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Desde sua última novela, “Gênesis”, da Record, em 2021, a atriz tem se mantido focada no cinema. Em “Deixe-me Viver”, longa que estreia em outubro, além de viver uma das protagonistas, ela também assina o projeto como roteirista e produtora.
Durante bate-papo com a IstoÉ Gente, Monica explica que sua paixão pela escrita nasceu ainda no inicio de sua carreira, em 1995. “Eu sempre tive uma curiosidade, então eu sempre pedia às secretárias todos os roteiros de novelas, mesmo as que eu não estava”, conta.
Antes do filme, ela já havia trabalhado como roteirista das peças “Roleta” e “Amor, Humor e Outras Bobagens”. Sua estreia como dramaturga aconteceu em 2024, com “Licença para Enlouquecer”, comédia protagonizada por Danielle Winits e Michele Muniz.
“A produção veio pela necessidade de mostrar o meu trabalho dentro da escrita. Hoje eu falo que sou uma artista, não atriz, porque acho que na arte a gente tem vários braços. Eu posso escrever, atuar e produzir. Tudo está na arte, é isso que eu quero.”
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Monica define “Deixe-me Viver” como uma produção sobre a relação de Andrea e Júlia, mãe e filha que tiveram uma desconexão emocional. Em um mundo tão midiático e com tantas preocupações com o futuro, foi preciso o diagnóstico de uma doença terminal para que elas percebessem a impressionante falta de memórias entre as duas.
“É um filme que fala sobre tempo. Tempo presente, que é a coisa mais valiosa que nós temos hoje e não temos consciência. Ele passa muito rápido”, reflete. “Acho que muitas pessoas vão se identificar e começar a ficar ao lado de quem ama de verdade agora, e não lá no futuro.”
Mãe de duas meninas (Yaclara, de 21 anos, e Valentina, de 9), a atriz conta que se enxergou no papel de Andrea: “Às vezes a minha filha falava comigo: ‘Sai do celular, mãe, que eu quero falar com você’. Olhando isso, nada é mais importante do que eu dar atenção para ela.”
“Está sendo uma reflexão para mim, de tentar realmente melhorar como ser humano. Eu tento conciliar a maternidade e trabalho, porque é uma profissão que eu amo e me sinto realizada também fazendo isso. A gente tem que ter menos culpa quando a gente sai de casa.”
“Eu não conseguiria ser só mãe, gosto de ser essa profissional. Hoje a gente tem que tentar ser inteligente e ter discernimento para dividir o tempo certo, mas estar presente onde você tem que estar.”
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*Estagiária sob supervisão